Mulheres em cargos de liderança, uma necessidade

A presença de mulheres em cargos de liderança nas organizações é uma pauta cada vez mais urgente no mundo corporativo. Apesar do que dizem os conservadores mal-informados, diversos estudos apontam que a equidade de gênero em cargos estratégicos traz benefícios não apenas para a inclusão, mas também para o desempenho financeiro das empresas.

No entanto, as mulheres ainda enfrentam uma série de barreiras que limitam seu acesso a essas funções.

A Mosaice é entusiasta e promotora da equidade de gênero nas organizações! Neste texto, vamos discutir os principais desafios e apresentar soluções para promover a liderança feminina nas empresas brasileiras.

O impacto econômico da liderança feminina nas empresas

A presença de mulheres em cargos de liderança tem efeitos diretos no sucesso das organizações. De acordo com estudos recentes, empresas com maior diversidade de gênero em suas lideranças tendem a ser mais lucrativas.

O relatório Diversity Wins, da McKinsey, revelou que companhias que possuem mulheres em posições de decisão têm 21% mais chances de ter uma performance financeira superior em relação aos seus concorrentes menos diversos. Além disso, a diversidade gera inovação e melhora o ambiente organizacional, tornando as empresas mais competitivas.

No Brasil, embora as mulheres representem 45,9% do mercado de trabalho, apenas 13,6% ocupam cargos de liderança, conforme dados do IBGE de 2023.

Numa perspectiva global, as mulheres ocupam 28% dos cargos de liderança, em todos os níveis. Quando se trata de cargos de alta direção (C-suite), esse gargalo é maior ainda. Isso evidencia uma lacuna significativa que precisa ser preenchida.

Ao garantir que mais mulheres ocupem posições de chefia, as empresas podem não apenas melhorar seus resultados financeiros, mas também cultivar uma cultura de equidade e inclusão.

Desigualdade salarial: um desafio persistente

Outro grande obstáculo para a ascensão feminina no mundo corporativo é a desigualdade salarial. No Brasil, mesmo com os avanços nas últimas décadas, as mulheres ainda ganham em média 21% menos do que os homens que ocupam as mesmas funções, de acordo com o Ministério do Trabalho. O mesmo estudo revela que mulheres negras recebem em média 50% menos que homens brancos. Essa diferença se torna ainda mais acentuada em cargos de liderança, onde as disparidades são mais visíveis. 

A desigualdade salarial, além de ser uma questão ética e de justiça social, compromete a retenção de talentos e a produtividade das empresas. As corporações que promovem salários equitativos têm mais chances de atrair e manter talentos femininos, garantindo um ambiente de trabalho mais justo e motivador.

Portanto, é essencial que políticas de transparência salarial sejam implementadas para que as mulheres sejam remuneradas de forma justa, considerando suas qualificações e contribuições.

Estratégias para aumentar a representatividade feminina na liderança

Promover a liderança feminina exige um compromisso real por parte das empresas. Algumas estratégias incluem o estabelecimento de metas de diversidade, programas de mentoria para mulheres e a criação de ambientes corporativos que incentivem o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

A implementação de políticas de flexibilidade no trabalho, como horários flexíveis e a licença parental compartilhada, são medidas essenciais para apoiar mulheres que buscam conciliar a maternidade com a carreira.

As empresas também precisam de ações afirmativas e programas de desenvolvimento de liderança voltados para mulheres. Iniciativas que incentivam a capacitação de mulheres para posições de liderança, como cursos e workshops, ajudam a quebrar as barreiras que impedem a ascensão feminina. Além disso, é necessário que os gestores promovam uma cultura organizacional livre de preconceitos, onde todos tenham oportunidades iguais de crescer e se desenvolver.

A consultoria da Mosaice tem os serviços necessários para a promoção e o fortalecimento de lideranças femininas. Conheça algumas:

  • Desenvolvimento de programas de promoção e crescimento de carreira para mulheres: Assessoramos na implementação de políticas e programas específicos para apoiar e promover colaboradoras, que incluem capacitação, mentoria e desenvolvimento de carreira, focando na valorização e no crescimento profissional de mulheres dentro da empresa. 

  • Desenvolvimento de programas de promoção para pessoas negras: Implementamos políticas e programas específicos para apoiar e promover colaboradoras negras. Com ações afirmativas e estratégias de inclusão, visamos construir uma cultura organizacional que reconheça e celebre a diversidade racial.

  • Consultoria para implementação de políticas de trabalho remoto inclusivo: Auxiliamos empresas a desenvolver políticas de trabalho remoto que garantam a inclusão e acessibilidade para todos os colaboradores, considerando diferentes necessidades e estilos de trabalho.

  • Plano de parentalidades: O Plano de Parentalidades oferece uma abordagem abrangente e personalizada para desenvolver políticas inclusivas que apoiam todas as formas de parentalidade e cuidado dos colaboradores na empresa. 

A inclusão de mulheres em cargos de liderança não é apenas uma questão de equidade, mas também uma estratégia que impulsiona o sucesso financeiro e a competitividade das organizações.

Apesar dos desafios, como a desigualdade salarial e as barreiras estruturais, soluções práticas como políticas de transparência e ações afirmativas podem garantir que as mulheres tenham oportunidades iguais de alcançar posições de destaque no mundo corporativo brasileiro. As empresas que adotam essa postura promovem justiça e asseguram um futuro mais inovador e rentável.

Entre em contato com a Mosaice para conhecer nossas soluções para organizações que querem promover a liderança de mulheres!

Sócia fundadora, consultora e palestrante
Mestra e bacharela em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Mariane possui formação complementar em Direito e Políticas Públicas pela Université de Lille, na França, e Humanidades pela Universidad de la República, no Uruguai. Também é bacharela em Letras pela UFMG.