A reportagem da Você RH (Editora Abril), intitulada “Retrocesso em diversidade e inclusão”, trouxe um alerta importante: grandes empresas globais como Google, Meta e Microsoft têm reduzido ou até mesmo eliminado suas áreas de DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão), alegando cortes de custos e pressões sociopolíticas.
No entanto, estudos recentes da McKinsey seguem comprovando: ambientes diversos são mais inovadores, produtivos e financeiramente competitivos — com 33% mais chances de superar a concorrência.
Embora parte do mercado global esteja recuando, no Brasil algumas organizações continuam buscando sustentar seus esforços em DEI, mesmo diante de desafios. Os números, porém, ainda revelam baixa representatividade em cargos de liderança e dificuldades em manter políticas de inclusão no longo prazo.
Esse cenário não pode — e nem deve — nos desmobilizar. Pelo contrário: reforça a urgência de construirmos estratégias sustentáveis, coletivas e consistentes para transformar as organizações em espaços mais inclusivos, éticos e produtivos.
O movimento contra a diversidade existe, mas a resposta a ele também
Como já abordamos no artigo “Estratégias de Inclusão em Tempos de Movimento Contra a Diversidade”, momentos de retrocesso sempre existiram. A diferença é que hoje contamos com mais ferramentas, dados e argumentos para mostrar que inclusão é não só uma pauta ética, mas também estratégica.
Ambientes diversos promovem inovação, ampliam a criatividade e melhoram os resultados financeiros — uma realidade documentada por estudos da McKinsey, Harvard Business Review e reconhecida pelo próprio mercado.
Além disso, empresas que praticam diversidade e inclusão são vistas de forma mais positiva por clientes, investidores e colaboradores — especialmente pelas novas gerações, que escolhem marcas alinhadas aos seus valores.
Quando uma organização recua, ela não só coloca em risco o seu ambiente interno, como também perde competitividade e conexão com a sociedade ao seu redor.
Cuidar de quem lidera a pauta é parte da estratégia
Outro aspecto fundamental destacado pela reportagem — e que tratamos no artigo “Solidão Estratégica: O Preço de Liderar a Pauta da Diversidade Sozinho” — é o impacto emocional e político sobre quem conduz essas agendas.
Quando políticas de DEI são despriorizadas, líderes da pauta se tornam mais expostos, isolados e sobrecarregados. Por isso, construir redes de apoio, comunidades profissionais e espaços de troca é mais do que necessário: é estratégico.
A diversidade não acontece sozinha — e quem a defende também não deveria estar só.
Há caminhos para seguir — e eles são coletivos
A boa notícia? Mesmo em cenários adversos, existem inúmeras organizações, coletivos, consultorias e profissionais que seguem firmes na construção de ambientes mais justos, acessíveis e inclusivos.
Aqui na Mosaice, acompanhamos de perto os desafios que muitas empresas enfrentam para manter suas políticas de diversidade ativas. Também vemos bons exemplos de resiliência e inovação.
Sabemos que ambientes inclusivos não se constroem da noite para o dia, mas eles podem ser sustentáveis quando estruturados com estratégia, diálogo e compromisso coletivo.
Nosso convite é claro: não recue
Se sua empresa enfrenta pressões contrárias à pauta de diversidade, ou se a alta liderança hesita em investir, volte ao essencial:
- Reveja os dados: Eles continuam mostrando o valor da diversidade.
- Crie alianças internas e externas: A pauta é de todos.
- Proteja e apoie quem lidera as iniciativas: Cuidar de quem cuida faz parte da estratégia.
- Comunique, com coragem, os avanços e desafios: Transparência gera engajamento.
A diversidade e a inclusão são movimentos vivos. Elas não desaparecem porque alguém decidiu que não são mais prioridade. Elas seguem, com quem se dispõe a mantê-las acesas.
E que bom que você está aqui com a gente nessa caminhada.
Quer conversar sobre como proteger e fortalecer a pauta de diversidade na sua organização? Fale com a Mosaice.